A ingratidão é uma coisa que machuca. O Felipe Neto escreveu no Twitter que estava lendo "Moby Dick", tinha achado o livro racista e perguntou o que fazer. Sugeri a ele trocar a literatura do século 19 por uma edição do Cebolinha e ele me bloqueou. Da próxima vez, não ajudo mais.
Mário Sérgio Cortella tem um raro talento: usar 357 palavras quando apenas duas bastam. Para facilitar sua vida, resumi as respostas dele na longa entrevista da Folha.
Joe Biden não vai mudar o mundo, mas pelo menos vai tirar os neandertais da sala de jantar. E inspirar outros países a fazerem o mesmo. Na distopia atual já é alguma coisa...
Três momentos ziraldianos.
1. Em 2011, contei ao Ziraldo que gostava muito do “Jeremias, o Bom”, que eu considerava seu melhor personagem. No Natal chega esse livrão pelo correio. Autografado!
Queria propor adotar a expressão “não-binário” para os embates políticos.
— Você é Lula ou Bolsonaro?
— Sou não-binário.
Quem for a favor, levanta a mão! 🙋♂️
Enquanto o Museu queima, Esquerda e Direita disputam a narrativa no Twitter. Aliás, é por isso que o museu queima. É por isso que tudo vai virando cinzas.
Quantos Bolsonaros são necessários para trocar uma lâmpada? Três. Um pra quebrar a lâmpada, outro pra jogar a culpa na lâmpada e o terceiro pra arrumar treta com a mídia.
Escrevo que Stálin matou pelo menos 20 milhões de pessoas e o cara replica: “E os americanos que mantém alienígenas presos na Área 51 desde 1947?!”
Já perdi o debate.
Em outros tempos, Pablo Marçal estaria em programas de TV trash junto com Inri Cristo, Toninho do Diabo e Rui Chapéu. A diferença, hoje, é que a Internet é um colossal programa de TV trash que nunca desliga. Boa sorte pra nós.
O Marrocos foi dominado pela França, mas no século 11 foram os berberes marroquinos que tomaram grande parte da Espanha e Portugal. Você pode torcer tranquilamente pra quem jogar melhor.
A coisa mais danosa que existe é a autocensura. Ela é um pequeno fascistinha que cresce dentro da gente e que, cedo ou tarde, floresce em grandes fascistões que acabam eleitos. É triste.
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GNT vai reexibir programas de Jô Soares após seleção cuidadosa.
Ninguém acha que "Politicamente Correto" é "inimigo", Porchat. A questão é outra. Grupos de pressão podem inibir a liberdade de expressão em nome de uma ideologia? É disso que se trata. O humor ri da condição humana. Ideologia é uma fabulação humana, logo, motivo de riso.
O problema do Brasil é a Esquerda que não sai do século 20, a Direita que não sai da Idade Média e o Centro que está onde sempre esteve: do lado de quem ganha, pra dividir o butim.
O Brasil tem três tipos de filmes:
1) comédias do Adam Sandler sem o Adam Sandler
2) neo-realismo italiano sem italianos
3) documentário de gente podre de rica idealizando gente podre de pobre.
Saiu entrevista nova com Mário Sérgio Cortella no jornal, mas para que você não tenha de se embrenhar nessa terrível selva verborrágica, eu resumi as respostas.
Ziraldo foi um dos caras mais geniais de uma geração de gigantes. Dono de um traço lindo, que deixava qualquer revista ou cartaz muito mais bonito. Tive a honra de conhecê-lo e de trabalhar regularmente com ele nos tempos de “Playboy”. Uma perda enorme, gigantesta. R.I.P.
Isso é um escândalo, um abuso. As escaladas autoritárias começam sempre pelo humor e o que a PM está fazendo com os chargistas da
@folha
é intimidação. Vamos todos fazer charges sobre isso, moçada? Acho difícil bater essa do
@Benett_
, mas a gente deve tentar...
Quem passou vergonha hoje: Bolsonaros com frase errada do Churchill, Felipe Neto posando de xerife no Twitter e Lula dizendo que frente democrática não tá com nada. E ainda é dia 1°.
Precisamos derrubar o Bolsonaro, mas esse candidato eu não quero, aquele outro também não e o terceiro, nem pensar. O quarto é feio, o quinto é bobo e o sexto é chato. O sétimo, nunca. O oitavo, de jeito nenhum. O nono e o décimo nem vou mencionar.
Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não é crime Jornalismo ativista não
Revi “Eu te amo” recentemente na Cinemateca e me surpreendi (de novo). O filme é inteligente, sexy, existencialista e debochado. Ou seja, é tudo o que o cinema atual não é.
Na minha timeline, o incêndio da Notre Dame já tem dois culpados: um lado diz que é o neoliberalismo, o outro diz que a imigração. Verificar a fiação elétrica ninguém quer, né?
Quantos Bolsonaros são necessários para trocar uma lâmpada? Três. Um pra quebrar a lâmpada, outro pra jogar a culpa na lâmpada e o terceiro pra arrumar treta com a mídia.
Comprar livro no exterior virou um problema. Qualquer compra de 30 dólares fica parada na alfândega. Obrigado, professor
@Haddad_Fernando
pelo zelo com a cultura.
A Faria Lima quer isso, a Faria Lima quer aquilo.
A Faria Lima não quer nada.
A Faria Lima só quer construir edifício brega com colunas romanas e janelas com vidro espelhado.
De uma certa forma, Jair Bolsonaro já conseguiu emular a ditadura militar: temos inflação alta, incompetência administrativa, corrupção, truculência e o apoio dos setores mais toscos da cultura nacional.
Esta é a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, num festival de rock.
Enquanto isso, a criatura abominável que ocupa o Palácio do Planalto sai em marcha fundamentalista para pregar golpe de estado.