Há exatos sessenta anos, em 31 de março de 1964, o Brasil começou a enfrentar um dos mais difíceis e conturbados períodos de sua história. Após aquela tenebrosa madrugada em que as tropas depuseram o governo de João Goulart foram mais de 20 anos de retirada de direitos.
Período de perseguições, torturas e mortes. Sem Justiça, sem Constituição, com executores amparados por um código de processo penal militar que permitia que o Exército e a Polícia Militar encarcerassem e torturassem pessoas consideradas suspeitas, sem direito de defesa.
O Brasil resistiu e venceu.
No entanto, mesmo depois da retomada democrática, de uma nova Constituição, de novas leis, os resquícios permanecem.
Parte da população ainda não consegue enxergar os perigos de um regime de exceção. Essa mesma parte defende a volta dos militares.