++ vou complementar esse fio aqui e sugerir essa ótima análise do Orlando
@AnarcoFino
- acredito que seja complementar. Dos 73 grupos que eu monitoro, 7 são evangélicos- e a minha análise é baseada nos dados gerados neles, e falo da igreja evangélica +
Já disse, insisto e repito, o ato de hoje na Paulista não é "demonstração de força", mas de "desespero". Só os preparativos do ato já foram responsáveis por reorganizar a direita ao redor de Bolsonaro, cobrar dívidas antigas.
Bolsonaro não podia aumentar o tom pois nessa própria semana ele foi interrogado pela PF e o próprio está sob investigação- com um sério risco de ser preso muito em breve. Seus aliados políticos, como seus filhos e Nikolas Ferreira, fizeram convocações, mas também contidas +
já que suspeitam que a PF também está investigando suas participações nos atos golpistas. Portanto, até semana passada, dava para se concluir que a manifestação estaria completamente flopada.
Hoje as imagens mostram que a manifestação não flopou- então o que aconteceu? +
Dois eventos foram cruciais para que o tom da comoção negativa subisse para assim motivar as pessoas a compartilhar as convocações e a sair de casa para a Paulista- isso tudo sustentado pelo único pilar (e força) intacto do Bolsonarismo: As Igrejas Evangélicas. +
O primeiro evento foi a fala do presidente Lula denunciando o genocídio em Gaza. As Igrejas Evangélicas, se sentido endossadas pelas análises e matérias na mídia brasileira e influencers bolsonaristas, armamentaram (weaponized) o discurso de Lula e trouxeram para o seus cultos +
Como o presidente Lula era uma ameaça "aos irmão de Israel"- para entender melhor essa relação entre as igrejas evangélicas, Israel, e sionismo cristão, eu escrevi essa coluna na Virgula: +
O segundo evento foi sobre a mobilização da extrema direita nas redes sociais e na mídia tradicional nesta semana para o programa "Abrace o Marajó", lançado pela então ministra dos Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro, o que levou a +
divulgação e compartilhamento de fake news sobre cancelamento de ações e projetos do governo federal na Ilha do Marajó, no Pará. Igrejas Evangélicas tem muito interesse em capitalizar sobre a situação de Marajó. Com isso tudo, o que se pode concluir? +
Durante o governo Bolsonaro, o bolsonarismo era sustentado por diversos pilares: Militares, mercado financeiro, o próprio Jair Bolsonaro, igrejas evangélicas e católica, entre outros- com o desenrolar dos acontecimentos: a vitória do Lula, ataques terroristas de 08/01, +
investigação da PF, inquérito do STF, inelegibilidade do Jair Bolsonaro, militares sendo depondo e sendo investigados, entre outros.. o único pilar que se mantém em pé e mais sólido do que nunca é a Igreja Evangélica. Hoje pode-se concluir que o Bolsonarismo como movemento +
político não tem força- o que não é de se surpreender já que movimentos da extrema direita no Brasil vão e vem mas que se sustentam em fatores semelhantes. O que pode-se afirmar é que hoje a força conservadora e extremista na política se encontra principalmente nessas Igrejas.
de uma forma mais geral/genérica pois não consegui identificar uma linha ou denominação. O que o Orlando traz para a discussão é que há um núcleo duro específico que vem liderando esse movimento.
@DavidNemer
@AnarcoFino
É a base de apoio que aceita tudo o que ele fez e faz. O INELEGÍVEL pode cometer todo e qualquer tipo de crime que esses estarão apoiando. Liberdade pra eles é isso cometer crimes e não serem punidos. Por isso o mentor do golpe tem que ser preso. SEM ANISTIA.